segunda-feira, 27 de maio de 2013

ESTIMULANTE PEDAGÓGICO.

ESTIMULANTE PEDAGÓGICO
APRESENTAÇÃO
Embalagem com comprimido repleto de afeto e criatividade.
·         COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém: amor, humildade, conhecimento, criatividade, competência, alegria, coragem, energia, garra, paixão, constância, cumplicidade, solidariedade, companheirismo, interação, integração.
  • INFORMAÇÃO AO PACIENTE
Por todas as experiências que passamos e por tudo já que temos comprovado, não há dúvida que o Estimulante Pedagógico é o remédio ideal para qualquer mudança de concepção.  Para que o tratamento atinja os objetivos, é indispensável dedicação total de corpo e alma para quem quer curar-se das causas e não apenas dos sintomas da doença.  Para quem está disposto a sofrer uma transformação interior sem culpas.
·         EFEITOS COLATERAIS
O paciente logo de imediato consegue em sua prática pedagógica mudanças comportamentais em prol de uma aprendizagem significativa.  A continuidade do tratamento produz modificações profundas no paciente, que começa a desenvolver uma fé consciente em si mesmo, além de certeza de que o ESTIMULANTE PEDAGÓGICO é fundamental para encarar novos paradigmas.
·         INDICAÇÕES
Nos estados de apatia, preguiça, desinteresse, pessimismo, comodismo, “mesmismo”, desmotivação, descontrole emocional, baixa auto-estima, estresse, e em especial para aqueles que desistiram de sonhar ou desistiram de si mesmo.
  • CONTRA – INDICAÇÕES
Nem a ciência mais avançada encontrou ou encontrará contra-indicações para o amor, a positividade e a energia interior.
  • PRECAUÇÕES
Mantenha esse medicamento ao alcance de todos os profissionais para que possam ser contagiados.  Mantenha também ao alcance de alunos.  Não há prazo determinado de validade, podendo ser usado por toda a vida.  Pode ser utilizado em parceria com pais, colegas e demais educadores de forma a envolver toda a comunidade.
  • POSOLOGIA
Adultos: 01 comprimido por dia, no desenrolar da prática pedagógica ou, se preferir, tomar todos os comprimidos em dose única, com resultado comprovadamente surpreendente.
Crianças: O tratamento deverá começar pelos pais.  Muito sorriso, muito carinho, muito desafio e estímulo constante dos sonhos e a criatividade fundamentando todo tratamento.


quinta-feira, 7 de março de 2013

EDUCAÇÃO ESPECIAL!

 INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA:
Quais as dificuldades enfrentadas pelo professor?
O que pode ser feito?


                             Silvana Grimes


RESUMO
A educação especial passou por vários momentos ao longo da história, com varias
concepções de mundo, de homem, de aprendizagem. Mas, neste momento se faz necessário
repensar
os serviços de educação especial, principalmente nas escolas, para atender as
demandas da sociedade vigente os novos encaminhamentos das políticas publicas.
O
desafio da inclusão para os profissionais que atuam a serviço da melhoria da qualidade de
vida humana é projetar artefatos e lançar propostas que não se destinam apenas a um grupo
restrito de pessoas. A intenção deixou de ser a de "homogeneizar'' soluções e de apresentá-
Ias previamente definidas e estabelecidas em função de casos particulares. A inclusão nos
leva a avançar mais, dado que para atender a seus preceitos temos de atingir situações de
equilíbrio geral, as grandes e tão almejadas soluções que atingem fins qualitativamente mais
evoluídos.
Palavras-chave: Inclusão. Dificuldades. Desafio.


1 INTRODUÇÃO
A inclusão no Brasil hoje está caminhando devagar, a constituição garante desde 1988
o acesso de todos no ensino fundamental, sendo que os alunos com deficiência devem receber
atendimento especializado preferencialmente na escola, que não substitui o ensino regular.
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora, o grande desafio para todos é
viver a experiência da diferença, se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde
terão muita dificuldade de vencer os preconceitos.

Pois diferentemente do que muitos possam pensar, inclusão é mais do que ter rampas e
banheiros adaptados, temos que ter em primeiro lugar um bom projeto pedagógico, que
começa pela reflexão, as práticas pedagógicas precisam ser revistas, as atividades devem ser
relacionadas e planejadas para que todos aprendam, sem esperar que no fim das contas todos
tenham o mesmo resultado.
Os alunos precisam de liberdade para aprender do seu modo, de acordo com suas
condições, seja ele um aluno com deficiência ou não.
Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que
ele é e o que ele pode ser. Estamos ainda num processo de conscientização, pois não fomos
preparados para isso, tanto o segundo professor quanto o professor regente da classe estão
sem estrutura, pois as leis foram feitas e aprovadas, mas, não foi qualificado profissionais para
estar lidando com essas diferenças.
Trata-se, então, de incluir, mas reconhecendo as diferenças, a multiplicidade dos
saberes e das condições sobre as quais o conhecimento é aplicado e de transitar por novos
caminhos, estabelecendo teias de relações entre o que se conhece e o que se há de conhecer,
nos encontros e nas infinitas combinações desses conteúdos disciplinares.
O processo de inclusão das pessoas com deficiência deve ser compreendido como
compromisso de toda a sociedade, para consolidaçâo dessa política, as ações não devem estar
centradas somente como atribuições da FCEE (Fundação Catarinense de Educação Especial),
mas sim com o compartilhamento de responsabilidade entre todas as organizações
governamentais e não governamentais. E todos devem estar voltados à garantia da dignidade
da pessoa humana como fundamento de uma sociedade livre, justa e democrática.
Proclamasse princípios universais de direitos e dignidade dos seres humanos, tendo
como fundamento a idéia de sociedade inclusiva, respaldada pelo reconhecimento e
valorização da diversidade como características inerentes a constituição de qualquer grupo
social, direito e participação de todo independente das peculiaridades individuais.
A construção de uma sociedade inclusiva é um processo que envolve todos os
segmentos sociais, dentre os quaís se destacam a família e a escola. A família como
socializadora da criança e a escola como mediadora de conhecimentos científicos.
Mas para que tudo isso acabe dando certo é preciso que a inclusão seja vista como
uma pratica comum, não porque são expressas em determinações legais, mas sim porque as
pessoas devem aprender o valor da vida e da fraternidade, consolidando a justiça e a inclusão
social, deve haver uma conscientização de todos sobre as potencialidades e as singularidades
individuais.


2 INCLUSÃO E ÉTICA.
A ética é um dos temas mais trabalhados do pensamento filosófico contemporâneo,
mas é também um tema presente no cotidiano de cada um, que faz parte do vocabulário
conhecido por quase todos.
A ética da inclusão é um imperativo do direito da cidadania e fundamenta-se no direito
que as pessoas com necessidades educativas especiais têm de ser parte ativa na sociedade,
tendo as mesmas oportunidades de iodos os membros da sociedade.
Estamos em busca da construção de uma sociedade para todos, onde todos os cidadãos
possam ter qualidade de vida, mas isso só pode acontecer em torno do respeito às diferenças e
na valorização da diversidade.
Por isso a inclusão deve ser inclusão de sujeitos dando-lhe a oportunidade de se
construir. É possível fazer com que a escola seja um lugar de elaboração de referências, que
permitam atribuir sentido a uma ética de vida, a uma representação de si e a um conhecimento
do mundo.
A educação inclusiva torna-se realidade mediante a adoção desta nova ética, que exige
em caráter de urgência que as escolas estejam aptas para atender todos os alunos e a oferecer- lhes as melhores condições de uma educação de qualidade, a escola teve ter um clima de bom
acolhimento e sem nenhum tipo de discriminação.
Não bastam leis inspiradas no principio da inclusão, pois esta só acontece mediante a
ruptura, ou seja, de uma mudança radical de atitudes.
2.1 INCLUSÃO ESCOLAR
Se o mundo está globalizado, a educação segue a mesma linha. Acabou o tempo em
que alunos portadores de necessidades especiais eram matriculados em turmas distintas das
regulares, a nova ordem agora é integrar, mas se os alunos estão integrados, as famílias ainda
precisam de uma força para aceitar, pois a aceitação é a parte mais difícil da jornada, não só
em relação à família, mas sim, da sociedade em geral.
Pois a escola regular de maneira geral não foi planejada para acolher a diversidade,
mas sim para a padronização, para atingir os objetivos educativos dos que são considerados
"normais".
Mas, nas ultimas décadas a instituição escolar vem sendo desafiada a conseguir uma
forma equilibrada que resulte numa educação comum e diversifica da, que seja capaz de
proporcionar uma cultura comum a todas as crianças, que respeite suas especificidades e
necessidades individuais. Pois a educação inclusiva pode ser definida como a pratica da
inclusão de todos, independente de seu talento, deficiência, cultura e origem socioeconômica.
Estamos vivendo um momento que se deve repensar o conceito de escola, para que
deixe de ser a escola da homogeneidade e passe a ser a escola da heterogeneidade, para que a
escola da discriminação de lugar a escola aberta a todos.
Segundo Mantoan, (2.006, p.55)
Sabemos que incluir não é simplesmente inserir uma pessoa na sua comunidade e nos ambientes destinados à sua educação, saúde, Iazer, trabalho. Incluir implica acolher a todos os membros de um dado grupo, independentemente de suas  peculiaridades; é considerar que as pessoas são seres únicos, diferentes uns dos outros e, portanto, sem condições de serem categorizados. Já é tempo de reconhecermos que todos estão juntos e nascemos neste mundo e que por isso mesmo não podemos excluir ninguém e convidar a que se aproximem os que estão à margem, pelos mais diferentes motivos, entre os quais os portadores de incapacidades físicas, intelectuais, sensoriais, sociais.
Precisamos romper com as práticas escolares dominantes, existe uma necessidade do
processo ensino/aprendizagem ser banhado na riqueza, na subjetividade, nas diferenças e no
dinamismo das transformações que ocorrem na vida, dentro e fora das escolas.
A educação brasileira é tradicional e fechada em suas posições. Temos que demonstrar
que as transformações na escola são possíveis e até mais simples do que contrariamente se
imagina isso é claro se haver preparação e conscientização de todos.
Para que as escolas sejam verdadeiramente inclusivas, ou seja, abertas à diversidade,
há que se reverter o modo de pensar, e de fazer educação nas salas de aula, de planejar e de
avaliar o ensino, de formar e aperfeiçoar o professor, especialmente os que atuam no Ensino
Fundamental. As escolas ainda resistem muito à inclusão, no sentido pleno e total, que
engloba todos os alunos, sem exceção.
2.2 COMO AVALIAR O ALUNO COM NECESSIDADES EDU CATIVAS ESPECIAIS?
A função da avaliação não medir se a criança chegou a um determinado ponto, mas
se ela cresceu. Esse mérito vem do esforço pessoal para vencer as suas limitações, e não da
comparação com os demais.
Uma boa avaliação é aquela planejada para todos, em que o aluno aprende a analisar a
sua produção de forma crítica e autônoma, no entanto ele deve dizer o que aprendeu, o que
acha interessante estudar e como o conhecimento adquirido modifica a sua vida.
Cabe ao educador avaliar o aluno indiferente se é portador de necessidades especiais
ou não, dentro de sua capacidade, fazendo com eles realmente aprendam de forma prazerosa,
sem decoreba.
As adaptações curriculares previstas nos níveis de concretização apontam a
necessidade de adequar objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, de forma a atender a
diversidade existente no País.
Pois o principal objetivo da educação escolar é fazer com que o aluno aprenda a viver
em grupo de maneira produtiva e cooperativa, dessa forma é fundamental as situações em que
possam aprender a dialogar, a ouvir, a ajudar a pedir ajuda, é essencial aprender
procedimentos desta natureza e valorizá-los como forma de convívio escolar e social.


3 QUAIS AS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO PROFESSOR?
As escolas devem responder as necessidades educacionais de seus alunos
considerando a complexidade, heterogeneidade e os ritmos de aprendizagem. (Alves, 2006
p.11).
A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) é responsável pela capacitação
dos profissionais que atuam na área da educação trabalhando com portadores de necessidades
especiais, e tem como missão promover o desenvolvimento, produzir e difundir o
conhecimento científico e tecnológico referente á educação especial.
Mas, ainda são muitas as dificuldades encontradas nas escolas para atender as crianças
com necessidades educacionais especiais em geral, tais como: falta de informação e de
compromisso ético e político com a profissão, dificuldades de adaptação de material,
resistência da família e desinformação, problemas socioeconômicos dos educandos e
educadores, falta de apoio por parte da escola, e do próprio governo, alto custo de materiais, e
muitas outras.
Para tanto é preciso que o governo adote políticas inclusivas e não apenas divulgue,
mas sim buscar formas a fim de contribuir para mudar a escola, para torná-Ia receptiva as
necessidades de todos os alunos, Ajudar os professores a refletir e a aceitar a sua
responsabilidade quanto à aprendizagem dos educando, sem exceção, colaborando assim para
prepará-los para ensinar aqueles que são comumente excluídos por qualquer razão.
Não basta apenas incluir a criança com necessidades especiais na escola, ela deve se
sentir bem neste ambiente, mas para isso é preciso haver uma preparação de todos os
indivíduos envolvidos desde o porteiro ao diretor.
O educador na maioria das vezes não sabe lidar com a inclusão, e acaba de certa forma
excluindo o aluno com necessidades educativas especiais, por não estar preparado para viver
aquela situação.
Para possibilitar que o educando com necessidades especiais possam se sentir parte
integrante daquele grupo é preciso recursos físicos e materiais para o desenvolvimento de um
trabalho escolar de qualidade, pois o educador muitas vezes não tem recursos para lidar com
essas crianças.
Além de profissionais não qualificados a maioria das escolas não possuem espaços
físicos adequados para atender o portador de necessidades especiais, como rampas, banheiros,
trocadores, agente de saúde e tantos outros recursos condizentes com a deficiência de cada
indivíduo.
Compreende-se que a concepção de escola se fundamenta no reconhecimento das
diferenças humanas e na aprendizagem centrada no potencial dos alunos, e não na imposição
de rituais pedagógicos preestabelecidos que acabam por legitimar as desigualdades e negar a
diversidade.


4 O QUE PODE SER FEITO?
Já que é obrigação da escola oferecer uma educação de qualidade para todos, é urgente
que o processo de inclusão se torne uma realidade em todas as escolas, por isso é fundamental
que as agencias formadoras façam um maior investimento em recursos humanos, cursos de
reciclagem e materiais didáticos pedagógicos apropriados para que todos os professores que
se destinam a trabalhar na educação infantil e ensino fundamental em nossas escolas se sintam
habilitados a lidar com todos os tipos de crianças.
As universidades precisam assumir de forma efetiva o seu papel de formadora de
profissionais de ensino para atuar frente à diversidade, nos diversos níveis de ensino, e não
deve se esgotar na graduação deve ser continuam.
Pois na escola todos são responsáveis pelo fracasso de um aluno, a inclusão é
percebida como responsabilidade de todos, assim nenhum profissional de ensino pode ser
excluído de ser capacitado para a inclusão. Todos têm muito que aprender sobre ela. Cabe ao corpo docente da escola criar o clima adequado para a interação e a cooperação, motivar os
alunos, reforçar a auto-estima, produzir expectativas positivas, aceitar a diferença como
normalidade.
Não existem receitas prontas a serem seguidas é importante que o professor seja
apoiado e orientado no cotidiano escolar, de maneira a ser capaz de refletir constantemente
sobre sua pratica, e sempre que necessário seja capaz de reformular e recriar a realidade
vivenciada em sala de aula.
Cabe ao poder público, neste caso as secretarias do estado, além de cederem
profissionais para atuarem nas unidades escolares, formular e coordenar políticas de
atendimento as pessoas com deficiência em situações vulneráveis, e com vínculos familiares
fragilizados, apoiando a família, e instruindo-a.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases- LDB 9.394/96, capítulo V que trata da
Educação Especial, em seu artigo 59, p. 61 menciona que "os sistemas de ensino assegurarão
aos educandos com necessidades especiais" em seu III parágrafo apresenta:
Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a
integração desses educandos nas classes comuns.
o governo em primeira instancia deveria formular políticas de qualificação
profissional, pois a verdadeira exclusão já começa aí, formular leis de inclusão sendo que não
foram preparados os profissionais de educação para lidar com a inclusão.
A lei já foi formulada, a inclusão já bateu a nossa porta, mas, infelizmente o mais
importante não foi feito, que seria preparar a sociedade para lidar com a inclusão.
A grande dificuldade da inclusão está no fato de que nossa sociedade, em seus
sistemas sociais, não se organiza para incluir, dificultando que cada pessoa possa assumir seu
papel perante a sociedade.
Apesar da extrema urgência da inclusão, somos conscientes que se trata de um
processo que depende de mudanças sociais, que são lentas por natureza, pois depende das
mudanças de atitudes das pessoas, de seus hábitos pessoais.
Devemos incluir, mas reconhecendo as diferenças, a multiplicidade dos saberes e das
condições sobre as quais o conhecimento é aplicado e de transitar por novos caminhos,
estabelecendo teias de relações entre o que se conhece e o que se há de conhecer.
A meta da inclusão escolar transformar as escolas, de modo que se tornem espaços
de formação e de ensino de qualidade para todos. A inclusão implica mudanças no paradigma,
de conceitos e posições, ir à busca do eu e do outro, ir à busca de uma sociedade justa, de uma
sociedade para todos.


5 INCLUSÃO E SOCIEDADE
Todo ser humano tem seus direitos, mas, perante a sociedade quem são os humanos? Consideramos pessoas humanas as pessoas que, sem exceção são sujeitos desses direitos, são
sujeitos agentes, sujeitos éticos. Pois são todos iguais na condição de pessoas humanas.
A pseudo-redundância da expressão "pessoa humana" se faz necessária, visto que nem
todas as pessoas, no modelo social em que vivemos, são tratadas como humanas. Muito pelo
contrário infelizmente existem pessoas tratadas como algo menos que animais, não podendo
decidir sua vida devido a alguma deficiência, sendo que a família, a escola e a sociedade em
geral querem decidir o futuro dessas pessoas com necessidades especiais, achando que é
incapaz de levar uma vida "normal" como qualquer outro ser. Mas na verdade o que é ser
"normal"?
A convivência com a diferença nos faz perceber, entre tantas outras coisas que não é a
deficiência em si que condena as pessoas a marginalidade, ao esquecimento, ao abandono e
sim, a arrogância das relações de poder instituídas e das concepções e ideologias de homem e
sociedades ideais, concebidas ao longo da história da humanidade.
As pessoas com necessidades especiais podem ser olhadas e entendidas como pessoas
diferentes enquanto aparência, mas iguais as demais pessoas enquanto capacidade produtiva
relacional, com enorme potencial ser desenvolvido e com possibilidades de desenvolver vários trabalhos e serviços de que a sociedade precise, desde que sejam oferecidas
oportunidade e condições necessárias. Elas precisam de oportunidades de avançar no
desenvolvimento de suas capacidades e potencialidades, com vistas ao exercício de sua
cidadania.
Para garantir a todas as pessoas uma vida de qualidade e para que todos possam
compartilhar dos avanços científicos e tecnológicos de uma época, a sociedade precisa estar
fundada em princípios de igualdade, reconhecer e aceitar a diversidade humana, em todas as
suas manifestações. Precisamos somar competências, produzir tecnologia, aplicá-Ia à
educação, à reabilitação, mas com propósitos muito bem definidos e a partir de princípios que
recusam toda e qualquer forma de exclusão social.

5.1 A VALORIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS.
A valorização das diferenças supõe o enfrentamento construção de SI mesmo, a
concretização do direito da integridade, e o desenvolvimento de atitudes de alteridade, como
forma de reconhecimento e valorização do outro.
É tempo de fazer da diferença e da diversidade uma fonte de criatividade na busca de
novos estilos de ensino e aprendizagem, é tempo de vivenciar os princípios éticos, é tempo de
construção de uma escola e de uma sociedade para todos e de todos, onde todos possam ver
concretizada a sua qualidade de vida.
É tempo de armarem de coragem e descobrirem que cada situação nova é sempre um
novo desafio para a criatividade e o crescimento profissional, sendo importante manter
sempre viva uma disponibilidade interna para o enfrentamento das inovações.
A educação inclusiva promove a oportunidade de convívio com a diversidade e
singularidade, a participação de alunos e pais na comunidade de forma aberta, flexível e
acolhedora.
A inclusão "passa por uma mudança no modo de vermos o outro, de agirmos para que
todos tenham seus direitos respeitados." (MANTOAN, 2001, p.56).
O outro é sempre alguém importante, indispensável, especial, é essencial para a nossa constituição como pessoas, é dessa postura de alteridade que nós subsistimos enquanto educadores é dela que emana o respeito, a justiça, o amor, a verdade.
De acordo com Vigotsky,(1998, p.108):

Todos vão passar pela mesma situação com exceção de síndromes, mas mesmo com essas deficiências, visuais, auditivas ou mentais, todos são capazes de aprender no social, por isto, é importante que o professor conheça o nível de seus alunos, ou seja, o nível de desenvolvimento real, o que o aluno já sabe o nível de desenvolvimento potencial, o que o aluno já aprendeu com o outro, o nível de desenvolvimento proximal, mediação daquilo que o aluno ainda não aprendeu, e o que pode aprender com o outro, seja o professor ou o aluno, ensinando para o futuro, construindo conhecimento com o outro, pois há heterogeneidade entre os
indivíduos, somos diferentes uns dos outros.

O professor deve estar convicto que sua função não é ensinar, mas criar situações através das quais o sujeito aprende fazê-lo descobrir por seus próprios meios a resposta ao conhecimento a que ele tem condições de acesso. Ele precisa infundir nos alunos a segurança necessária para fazer com que buscando resolver as situações.
Para que possa fazer do          com seus alunos um momento em que nada é fixo, sintam motivados a enfrentar dificuldades escolares, impingido e seqüencial, como um preestabelecido, educador precisa conhecer cada aluno e traçar o perfil de cada um, através deste perfil ele conseguirá desenvolver atividades e interações que venham ao encontro do que o aluno necessita para a evolução, seja ele um aluno com necessidades educativas especiais ou não.
Para valorizar as diferenças lemos seguir a seguinte linha de pensamento:
"A igualdade foi inventada porque os humanos não são idênticos." Ou seja, os humanos são diferentes, mas todos têm o mesmo direito à "igualdade social".
A expectativa de todo ser humano é de se apropriar do conhecimento sistemático, já as pessoas com necessidades vivido a negação do acesso a por terem impresso o estigma da incapacidade, tem conhecimento. Isto numa dupla tarefa de rompimento, a primeira diz respeito condição de deficiência como incapacidade e a segunda a condição de analfabeto.
Somente a escola pode            para esta ruptura, se definir como proposta uma alfabetização que gere espaço para dizer, ouvir, negociar, discordar e ajudar.
A educação especial hoje demarca um momento histórico importante na caminhada
para efetivamente possibilitar um sistema educacional mais abrangente e menos excludente.


6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro, é ter o privilégio de
conviver e compartilhar com pessoas diferentes.
A educação inclusiva acolhe a todas as pessoas, sem exceção. Mas sinto que nós
educadores não estamos preparados para trabalhar com esses alunos com deficiência,
precisamos ter conhecimento do assunto e nos aperfeiçoarmos, pois, este aluno deve ser
tratado igualmente, ele tem o direito de frequentar a escola e ser avaliado dentro de sua
capacidade.
Estamos em busca de uma sociedade mais justa, então temos que começar por nós, não
fazendo a diferença em sala de aula, mas sim, saber lidar com a diferença, e respeitar as
diferenças.
Para garantir a todas as pessoas uma vida de qualidade e para que todos possam
compartilhar dos avanços científicos e tecnológicos de uma época, a sociedade precisa estar
fundada em princípios de igualdade, reconhecer e aceitar a diversidade humana, em todas as
suas manifestações. Precisamos somar competências, produzir tecnologia, aplicá-la à
educação, à reabilitação, mas com propósitos muito bem definidos e a partir de princípios que
recusam toda e qualquer forma de exclusão social.
Ao concluir este artigo consegui compreender que as crianças possuem modos
próprios de interagir com o mundo" então cabe a nós educadores oferecer em primeiro lugar
amor e favorecer a criação de um ambiente onde a infância possa ser vivida, um espaço e um
tempo de encontro com o outro e com si próprio. Temos que em primeiro lugar educar para a
conexão com o mundo, com o outro e com o eu. EDUCAR COM AMOR!
Nessa caminhada não estamos sozinhos e é admirável, rico e necessário para nossa
sobrevivência aprendermos a nos relacionar com o diferente.
O encontro com o diferente é essencial, é o ponto de partida para encontrarmos todos
os outros diferentes, e se não desenvolvermos a capacidade de trabalhar e aprender com o
diferente, a espécie humana se extinguirá. Portanto, prezar a individualidade é necessário nas
relações, porém reconhecer que não somos nada sozinhos é sabedoria.
Somos diferentes e vimos mundo de forma diferente! O amor é o fundamento do fenômeno social e não uma consequência dele é o amor que dá origem a sociedade, a
sociedade existe porque existe o amor. Se falta amor destrói-se o social. O amor é sempre
uma abertura ao outro, ao diferente, é uma convivência com o outro. Quando você entende o
outro, e ajuda o outro está ajudando a si mesmo.
O encontro com o diferente pode nos favorecer o pensar certo, ver com acuidade,
ouvir com respeito e recusar posições dogmáticas.
A questão agora é saber onde encontrar um educador com tais características para
trabalhar com a inclusão ... Se eles são raros, nosso problema passa a ser formá-los e prepará-
los, pois antes de qualquer lei é preciso ter conscientização da sociedade, amor e
solidariedade!


7 REFERÊNCIAS
ALVES, Denise de Oliveira. Recursos multifuncionais: Ministério da educação MEC,
Secretaria de educação especial, 2006.
MANTOAN, Maria Teresa Egler. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São
Paulo: Moderna, 2006.
MANTOAN, Maria Tereza Egler. Pensando c fazendo Educação de Qualidade. São Paulo:
Moderna, 2001.
VIGOTSKY, L.S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos
psicológicos superiores. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

8 APÊNDICES
FONTE: SANTA CATARINA. Proposta Curricular. Temas Multidisciplinares, Secretaria de Estado da Educação e do Desporto, Florianópolis, 1998.
SANTA CATARINA. Política de educação Especial. Fundação Catarinense de Educação Especial,São José, Fev. 2006.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes nacionais para educação especial na educação básica/ Secretaria de educação Especial- MECSEESP, 2005.